O setor da enfermaria do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, será interditado pelos próximos 45 dias para passar por uma reforma após o princípio de incêndio que atingiu a ala da unidade na madrugada da última quinta-feira (18). Apesar da interdição, as outras atividades do hospital continuam normalmente.
Equipes técnicas e de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-PI) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PI) realizaram uma vistoria no local na sexta-feira (19). Segundo o Coren, nenhum paciente ou servidor ficou ferido durante o incidente. O órgão destacou a atuação dos profissionais da saúde no cuidado e na remoção dos pacientes.
Já o Crea encaminhou quatro engenheiros a Picos para verificar a estrutura do Hospital Justino Luz, os serviços de engenharia executados na unidade e o sistema de combate a incêndios, além de determinar se o início das chamas foi realmente causado por um curto-circuito em uma tomada da enfermaria, possibilidade levantada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi).
“Nossa equipe é formada por um engenheiro eletricista, um engenheiro mecânico e dois engenheiros civis. O primeiro identificou novas fontes de centelhamento para evitar outro princípio de incêndio, enquanto o segundo avaliou a condição dos gases medicinais ou o acúmulo de gases a fim de impedir uma explosão”, informou o presidente do Crea, Hércules Medeiros.
Medeiros apontou que os engenheiros civis analisaram as instalações do hospital e inspecionaram riscos de colapso ou demolição. O conselho deve elaborar um relatório com as conclusões da vistoria e apresentar em breve à sociedade piauiense.
“Para atuar de forma preventiva, formamos agora uma força-tarefa que vai fiscalizar, de norte a sul, as condições de manutenção e as estruturas dos hospitais de todo o Piauí”, acrescentou.
Lotação do hospital
Em entrevista à O DIA TV, o diretor-técnico do Justino Luz, Gustavo Marreiros, afirmou que realocou os pacientes internados na enfermaria para a clínica cirúrgica. Até quinta, outros 41 foram transferidos a unidades de saúde de cidades vizinhas. O gestor também expressou preocupação quanto à lotação do hospital.
“Estamos com uma lotação de 75% dos 35 leitos que estão divididos entre a clínica médica e a clínica cirúrgica. Por isso, pedimos paciências aos gestores dos municípios vizinhos no envio de pacientes em ambulâncias. Nossa logística de operação infelizmente está reduzida e precisamos avaliar com cuidado cada caso que chega para evitar deixar pacientes sem atendimento”, declarou.
Fonte: Portal O Dia