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EXPORTAÇÃO

Carga de mel piauiense retida na exportação é liberada para os Estados Unidos

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A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros causou instabilidade nas relações econômicas entre o Brasil e os EUA, e trouxe consequências para o mercado piauiense. Anualmente, o Piauí exporta até 2 mil toneladas de mel orgânico para o mercado consumidor norte-americano, mas essas vendas passam por incertezas. Na última sexta-feira (10), os apicultores do Piauí foram surpreendidos com a suspensão do embarque de uma carga de 95 toneladas de mel que ia para os Estados Unidos.

(Foto: Reprodução)

Na noite de ontem (13), essa carga foi liberada para exportação depois de uma intensa negociação entre os produtores e os clientes norte-americanos. Mas mesmo com os contêineres tendo sido embarcados, a situação gera incertezas para o mercado local do mel, e os apicultores acompanham com atenção os desdobramentos dos embates fiscais entre Brasil e Estados Unidos. Os impactos, caso essas tarifas permaneçam, serão bastante negativos, segundo Sitônio Dantas, diretor da Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis).

A Casa Apis tem contrato para exportar cerca de 2 mil toneladas de mel em 2025. Até junho, já havia enviado aproximadamente mil toneladas. Os embarques de julho foram interrompidos por precaução na semana passada, porque, segundo Sitônio, os clientes temiam que a carga chegasse aos EUA após a entrada em vigor da nova tarifa importa por Trump.

“O motivo é o tarifaço de 50%, que inviabiliza os negócios de exportação, não só no setor primário como agricultura e agronegócio, mas até no setor da alta tecnologia, que também será afetado. Nós operamos nos EUA com clientes tradicionais, alguns deles com mais de 15 anos de parceria e, na semana passada fomos surpreendidos com a suspensão dos embarques dos nossos produtos. Ontem recebemos a notícia que cinco contêineres foram liberados e agora é esperar até o dia 01 de agosto para ver como fica a situação. Se a tarifa for extinta, vida que segue. Mas se não, é inviável para os negócios”, explica Sitônio Dantas.

Em se mantendo a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros no EUA, ele diz que a Casa Apis vai se sentar com os clientes e negociar para dividir entre exportadores e importadores os valores decorrentes desse aumento fiscal. O diretor da Casa Apis pediu paciência e cautela.

Seca agrava cenário

A tarifa imposta por Trump sobre os produtos brasileiros não é a única coisa que impacta o setor produtivo piauiense. Além do cenário internacional desfavorável, o problema da estiagem prolongada no semiárido nordestino agrava a situação. “Já tínhamos esse problema, que comprometeu nossa safra. Vamos ter uma queda em torno de 40% na produção de mel no Piauí para 2025. E agora tem mais essa questão da tarifa”, finaliza o diretor da Casa Apis.

Fonte: Portal O Dia

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