Nas várias roças espalhadas pelo nosso sertão, os agricultores seguem colhendo os frutos das sementes plantadas durante o período chuvoso. Em São Julião, o agricultor, pecuarista e comerciante, Cristovaldo da Silva Sá teve fartura na plantação de milho ao encontrar um pé com sete espigas, o fato chamou a atenção e ele conta como foi a descoberta.
“Eu sempre gosto de fazer a verificação nas roças a cada três dias, eu passando por um local encontrei esse pé e a reação na hora foi de uma coisa que eu nunca tinha visto há muito tempo, a gente trabalha plantando milho e eu vi que aquilo era diferente porque duas ou três espigas já foi encontrado, mas agora sete!”.
Cristovaldo já tem uma experiência de 20 anos plantando milho, suas roças ficam situadas na localidade Porcos, zona rural de São Julião. O pé de milho com as sete espigas foi plantado em 25 de janeiro deste ano com uma semente trazida do sul do país.
“Essa semente eu comprei com um rapaz que trouxe do Paraná na safra de 2022, eu achei a semente boa e acabei comprando, na verdade ele plantou ela e eu já comprei ela produzida na nossa terra e plantei esse ano”, explicou Cristovaldo.
A redação do Cidades na Net fez contato com o engenheiro agrônomo, Linderberg Cipriano de Moura para entender melhor o fenômeno das sete espigas, segundo Lindenberg o ocorrido na plantação de Cristovaldo não é algo comum de acontecer.
“Atualmente esta ocorrência não é normal. No entanto, a planta de milho tem o potencial para produzir uma espiga de milho em cada “nó” da planta, exceto na parte onde fica próximo o pendão, sendo mais específico a partir do sétimo nó (de cima para baixo). E em média, geralmente,cada pé de milho possui duas espigas”, disse o engenheiro.
Quando questionado sobre os fatores que podem ter influenciado nesta anormalidade, Lindemberg menciona que pode estar relacionado à própria plantação ou à genética.
“No caso em questão podem ter ocorrido alguns fatores para que isso acontecesse, por exemplo, devido este pé de milho está mais afastado dos demais e ter um maior espaçamento consequentemente haverá uma menor concorrência pela luz, energia e claro por outros nutrientes. Ou ainda pode ter ocorrido alguma mutação genética”.
Fonte: CidadesnaNet