A devastação provocada pelas inundações no Rio Grande do Sul é comparável a desastres naturais como furacões ou terremotos. A água, aparentemente inofensiva, revela seu poder de destruição quando está em movimento. Um metro cúbico de água pesa uma tonelada, e quando se desloca, exerce uma pressão capaz de varrer qualquer obstáculo em seu caminho.
NÍVEL DO RIO – Rio Taquari, atingindo cerca de 18 km/h, demonstra a força brutal das enchentes, capazes de derrubar paredes de tijolos e causar o colapso de estruturas. O professor Fernando Dorneles, da UFRGS, destaca que a energia cinética da água em escoamento pode ser comparada à utilizada na geração de energia elétrica em hidrelétricas.
Quando a água atinge cerca de 1 metro de altura, mesmo tentar atravessar a enxurrada se torna extremamente difícil, seja caminhando ou nadando. Os obstáculos no caminho geram ondas e redemoinhos, além da força da correnteza, podendo arrastar carros e objetos grandes que, por sua vez, representam risco para as pessoas.
Com a inundação atingindo 2 ou 3 metros de altura, a única opção é buscar locais elevados, como os telhados das casas ou o topo das árvores, e aguardar pelo resgate. O cenário se torna ainda mais dramático quando a água alcança níveis de 10 ou 20 metros, como tem sido observado em algumas cidades do Rio Grande do Sul.
A Defesa Civil alerta para o perigo subestimado da água: apenas 15 cm de profundidade são suficientes para arrastar uma pessoa, e 30 cm podem levar um carro. Em situações extremas, onde a água atinge vários metros de altura, o resgate se torna a única opção viável. A orientação é clara: priorizar a vida e evacuar as áreas em risco, deixando para trás preocupações com bens materiais. A precaução é a melhor defesa contra a força avassaladora das enchentes.
Fonte: Meio News