Criminosos estão usando o nome da CNH Social para aplicar golpes virtuais, prometendo vagas no programa em troca de pagamento de taxas ou envio de links falsos.

No Piauí, o alerta foi reforçado pelo Detran-PI e pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), que orientam a população a desconfiar de qualquer cobrança ou contato fora dos canais oficiais.
De acordo com a diretora-geral do Detran-PI, Luana Barradas, o programa no estado segue regras bem definidas e não há qualquer tipo de inscrição aberta ao público em geral.
“A CNH Social do Piauí é destinada exclusivamente a alunos matriculados no ensino médio da rede estadual ou no EJA. Não existe link de inscrição disponível para a população. Toda seleção é feita pela Secretaria de Educação do Estado. Qualquer contato fora da Secretaria de Educação ou do Detran é golpe”, explicou.
A gestora também destacou que não há cobrança de valores em nenhuma etapa do programa. “É 100% gratuito. O Estado custeia desde a capacitação até a habilitação e até o capacete. A população precisa ficar atenta porque não existe taxa nenhuma”, frisou.
Golpe já ocorre em outros estados
O coordenador da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Humberto Mácola, explicou que o golpe da CNH Social já foi identificado em outros estados e tende a se espalhar rapidamente.
Segundo o delegado, os criminosos criam um cenário falso, informando que a vítima precisa pagar uma taxa ou regularizar um suposto débito com o governo federal.
Como se proteger
O delegado alertou que a forma de atuação é semelhante a outros golpes já conhecidos, como os do IPTU, IPVA e falsas notificações de cancelamento da CNH.
As principais orientações são:
- Desconfiar de mensagens, ligações ou links não solicitados;
- Não realizar pagamentos ou transferências sem confirmar a veracidade da informação;
- Buscar sempre os canais oficiais do Detran e da Secretaria de Educação;
- Em caso de golpe, comunicar o banco imediatamente, tentar contestar o Pix ou bloqueio do valor;
- Registrar boletim de ocorrência para que a Polícia Civil possa investigar.
“É fundamental que a vítima denuncie. Isso coloca o golpe no nosso radar e permite que a investigação seja deflagrada”, concluiu o delegado.
Fonte: Cidade Verde


