Na tarde desta quarta-feira (03), fiéis e populares enfrentaram a íngreme escadaria de acesso ao Morro da Santa Cruz, situado no bairro Ipueiras em Picos, em profecia de Fé cristã e para celebração de uma missa, uma tradição secular que se mantém até os dias atuais.
A santa missa foi presidida pelo Padre Carlos Danilo, pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, e contou com dezenas de fiéis, com público variado de todas as idades.
Segundo o historiador Edimar Luz, cumpre lembrar que o Morro da Santa Cruz, ou “Quebra – pescoço”, como é mais conhecido, apresenta, na realidade, um aspecto cônico e peculiar muito interessante, se observado ou visto de certos ângulos: assemelha-se a uma pirâmide ligeiramente arredondada, em cujo “ápice” encontra-se uma cruz secular, fincada, provavelmente, em meados do século XlX, com a participação dos moradores da região, por certos missionários religiosos, numa demonstração de fé, e talvez, também, para indicar um fato trágico e lendário ali ocorrido há muito tempo.
Narra a lenda ou a história que em um certo ano, um vaqueiro, elemento humano mais característico das chapadas do Sertão nordestino, saiu em seu cavalo, em companhia também de um cachorro(cão) à procura de um boi, quando, na perseguição, todos em veloz disparada, num momento infausto, caíram inesperadamente num abismo ou declive abrupto que existe no morro, quebrando-lhes o pescoço e, consequentemente, os quatro tiveram morte imediata ou instantânea.
Sr. Chico Agustinho, aos 80 anos comenta sobre a tradição que carrega consigo desde a sua infância, onde se faz presente todos os anos, ouça:
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