A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) está investigando um fazendeiro suspeito de invadir e desmatar cerca de 400 hectares de uma reserva indígena para plantar soja. O local é ocupado pelo povo Akroá-Gamela, e fica entre as cidades de Santa Filomena e Bom Jesus, no Sul do Piauí.
O delegado Emir Maia informou que recebeu no final do ano de 2022 uma denúncia de desmatamento e suposta grilagem de terras em uma reserva indígena. Junto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar), o caso começou a ser investigado.
Um fazendeiro e empresário do município de Balsas, no Maranhão, que tem um terreno próximo a Serra dos Quilombos no Piauí, está sendo investigado por invadir a terra indígena para plantar soja.
“A DPMA esteve na terra indígena em dezembro para apurar crime de desmatamento e de suposta grilagem de terras. Estivemos em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, identificamos que o autor do desmatamento, não tem licença ambiental e muito menos título e propriedade das terras”, informou o delegado.
A investigação constatou que além de invadir a terra indígena, o fazendeiro realizou desmatamento, quando ele não tinha licença nem mesmo para desmatar a sua propriedade. Após a investigação ele deve ser indiciado.
“Ele invadiu as terras, alegou que não sabia, e nós estamos requisitando exame pericial ambiental, vamos ouvi-lo em breve na cidade de Balsas e vamos em Araguaína em Tocantins a fim de identificar quem foi o responsável pelo aluguel dos tratores para o crime de desmatamento não só na terra dele, que não tem licença ambiental, como na terra indígena Akroá-Gamela. Iremos lá no final do Carnaval”, explicou Emir Maia.
A Polícia Civil não informou o nome do fazendeiro que está sendo investigado. Se confirmados os crimes, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente será a responsável por aplicar multa que pode chegar a mais de R$ 1 milhão.
Outro empresário é indiciado
Em Floriano um empresário também foi indiciado após invadir e desmatar 14 hectares de terra da Companhia Siderúrgica Nacional, com o objetivo de plantar árvores frutíferas.
“A DPMA também esteve na cidade de Floriano para apurar suposto crime de desmatamento praticado por um fazendeiro em face da Companhia Siderúrgica Nacional, que faz parte de uma empresa carioca que detém no município de Floriano em torno de 30 mil hectares de terras. Esse empresário que se disse proprietário das terras adentrou e desmatou 14 hectares de terras, em razão disso, ele foi indiciado pela prática de crime de desmatamento e esbulho possessório”, explicou o delegado.
Fonte: CidadeVerde