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DECISÃO

STF homologa liberação das emendas parlamentares por unanimidade

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O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, nesta segunda-feira (3), um plano de trabalho para ampliar a transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Com a homologação do plano, o ministro do STF, Flávio Dino liberou os repasses deste ano e dos anos anteriores que estavam bloqueados por decisões do STF.

Liberação de emendas foi homologada | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A medida foi validada pelo plenário da Corte em uma sessão virtual iniciada na sexta-feira (28). Apesar da votação unânime, a sessão permanecerá aberta até quarta-feira (5). A decisão foi unânime e contou com a colaboração dos poderes Legislativo e Executivo.

O compromisso foi enviado ao ministro Flávio Dino, relator das ações relacionadas à transparência no pagamento das emendas. Na última quarta-feira (26), o ministro homologou o plano de trabalho no qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores responsáveis pelas emendas ao Orçamento e os beneficiários dos repasses.

Os repasses de boa parte dos recursos das emendas estavam suspensos porque o ministro Flávio Dino entendeu que não havia respeito aos critérios de transparência na execução das emendas. Por causa do impasse, o Congresso Nacional ainda não votou o Orçamento de 2025 (PLN 26/24).

Regras para maior transparência

A partir de agora, seguem o plano estabelecido pela Câmara e pelo Senado:

  • Toda emenda deverá identificar o parlamentar que fez a indicação e a entidade beneficiária.
  • Será proibido o empenho de emendas sem essa identificação.

No entanto, a decisão de Flávio Dino não entram na liberação:

  • emendas específicas para organizações não governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU);
  • recursos para a saúde que não estão regularizados em contas bancárias específicas e emendas de bancada;
  • emendas de bancada e de comissão que não foram convalidadas em atas das respectivas comissões e que estejam sem identificação do parlamentar.

Entenda o impasse

A polêmica envolvendo as emendas parlamentares começou em dezembro de 2022, quando o STF considerou inconstitucionais as emendas RP8 e RP9. Em resposta, o Congresso Nacional alterou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a decisão da Corte.

Entretanto, o PSOL recorreu, alegando que as mudanças ainda não garantiam total transparência. Com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, o caso passou para Flávio Dino, que, em agosto de 2024, determinou a suspensão das emendas até que houvesse maior rastreabilidade.

Em dezembro, o ministro bloqueou R$ 4,2 bilhões em repasses devido à falta de transparência, principalmente em emendas destinadas a ONGs.

Orçamento de emendas cresce para 2025

O total previsto para emendas parlamentares no Orçamento de 2025, que ainda não foi aprovado, chega a R$ 52 bilhões, um aumento em relação a 2024, que registrou R$ 49,2 bilhões. O crescimento é expressivo: em 2014, o total era de apenas R$ 6,1 bilhões.

Fonte: Meio News e Agência Brasil

 

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