O republicano Donald Trump é o mais novo presidente dos Estados Unidos. A vitória foi anunciada na manhã desta quarta-feira (6), após o candidato conquistar o estado de Winsconsin e possuir mais de 270 delegados no colégio eleitoral americano, segundo projeção da Associated Press (AP). Esta será a segunda vez que Trump estará no comando do país.
O magnata recebeu votos o suficiente para que não seja mais superado pela adversária Kamala Harris, do partido democrata. Antes mesmo da confirmação da vitória, Trump discursou em West Palm Beach, na Flórida, e prometeu “curar os EUA”.
Apesar das projeções feitas por veículos de comunicação ou institutos de pesquisa não serem oficiais, elas são bastante aceitas pela comunidade americana. Nos Estados Unidos, a contagem de votos é responsabilidade de cada estado, o que pode fazer a apuração durar semanas. Por isso, as projeções permitem saber com antecedência quem será o vencedor.
Além de Wisconsin, Trump também venceu em outros estados-chave como Pensilvânia, Carolina do Norte e na Geórgia, e está à frente em Michigan, Nevada e Arizona.
Resultado histórico
O resultado é histórico. Este é o segundo mandato não consecutivo de um presidente desde 1893. Com a vitória, Trump, que tem 78 anos, é o presidente mais velho eleito.
O novo presidente assume o cargo em 20 de janeiro de 2025. Nos primeiros dois anos de governo, ele terá uma maioria republicada na Câmara e no Senado.
Comício após comício, o republicano, que sofreu duas tentativas de assassinato durante a campanha, repetiu o roteiro de 2016 e 2020, apresentando-se como o candidato antissistema. O discurso foi o mesmo em todas as ocasiões: a luta contra os migrantes em situação irregular que, segundo ele, “envenenam o sangue” do país.
Trump já chamou os migrantes de “terroristas”, “estupradores”, “selvagens” e “animais” que saíram de “prisões e manicômios”.
Vitória inédita
Com a vitória do republicano, esta será a primeira vez que os Estados Unidos terá um presidente condenado na Justiça. Ele foi condenado por um crime no final de maio e possui quatro processos pendentes. Nos EUA, não há restrições na Constituição que proíba uma pessoa condenada judicialmente de concorrer à presidência.
Trump também pintou um cenário sombrio do país durante uma campanha dominada pela retórica violenta. O magnata insultou a Harris, a quem chamou de “lunática radical da esquerda”, “incompetente”, “idiota” e pessoa com um “coeficiente intelectual baixo”, entre outras ofensas. Ela respondeu chamando o adversário de “fascista”.
Fonte: Diário do Nordeste