A federação cruzada entre PSD e MDB, constituída para as eleições de 2022, pode não ser repetida no pleito de 2026. O deputado estadual João Mádison (MDB), em entrevista à rádio Clube News, na terça-feira (14), avaliou que o entendimento político entre os dois partidos prejudicou a legenda emedebista.
Conforme a aliança formada, o PSD lançaria uma chapa de candidatos a deputado federal e o MDB seria o responsável por abrigar os candidatos a deputado estadual. Enquanto o PSD conseguiu eleger três parlamentares, o MDB se tornou a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), com nove representantes.
Apesar do feito em âmbito estadual, João Mádison disse que o enlace político provocou a redução do fundo partidário, recurso calculado com base na representação de cada partido na Câmara dos Deputados. O parlamentar também não demonstrou interesse em renovar o acordo.
“Nós tivemos na eleição passada um voto cruzado com o PSD. Os deputados estaduais do PSD vieram para o MDB e nós fizemos os nossos deputados federais irem o PSD. Eu acho isso ruim para o partido. Porque nós perdemos os deputados federais, perdemos o nosso fundo partidário”, destacou.
A manutenção do acordo, entretanto, deverá passar pelo crivo do governador Rafael Fonteles (PT-PI). O deputado estadual Georgiano Neto (MDB) – filho do deputado federal e presidente do PSD no Piauí, Júlio César Lima – também deverá apresentar sua avaliação quanto à federação cruzada.
O deputado João Mádison garantiu que o MDB tem condições de lançar duas chapas proporcionais de forma independente e fez projeções para o partido em 2026.
“O MDB vai eleger no mínimo oito (deputados estaduais). Isso está tranquilo para o partido. Além disso, dois deputados federais, que hoje nós não temos. Precisamos ouvir o governador, ouvir o Georgiano. Nós temos observado que eles têm colocado que não vão fazer e nós também não temos interesse. Se os dois não querem, não há porquê fazer”, pontuou.
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